Sunday, March 25, 2007

(texto de opinião de Ana Rita)

Antigamente, a engenharia genética preocupava-se maioritariamente com a produção de substâncias de uso farmacêutico, como a insulina, através da modificação genética de microrganismos.

Com o desenvolvimento da engenharia genética vários estudos e trabalhos científicos demonstraram avanços significativos na manipulação do material genético de plantas e outros seres vivos. Como consequência, começou a produzir-se os alimentos transgénicos, sendo estes, produtos geneticamente modificados, em que um gene de um organismo é inserido noutro, de modo a transmitir-lhe uma propriedade especifica.

As vantagens dos alimentos transgénicos são inúmeras, por exemplo:

* produção mais económica e ecológica, podendo, por exemplo, reduzir-se o uso de pesticidas prejudiciais para o ambiente criando plantas mais resistentes ou que criem elas próprias toxinas nocivas aos seus predadores naturais;

*melhoria do valor nutricional dos alimentos;

*optimização de plantações em terrenos pouco férteis ( por exemplo, terrenos áridos) ajudando assim, a combater a fome em países com estas condições;

*produção de alimentos com melhor tempo de conservação e inocuidade, ou seja, alimentos que se deteriorem mais lentamente e com uma maior resistência a bactérias.

No entanto, a existência de riscos associados aos alimentos trangénicos tem sido questionado, gerando grandes discussões a nível mundial.

É preocupante, por exemplo, o aumento dos efeitos de substâncias tóxicas naturalmente presentes nas plantas que tenham o seu material genético manipulado; o aumento das alergias alimentares, por se tratar de novas proteínas ou novos compostos; a possibilidade de se causar resistência bacteriana a antibióticos, pelo uso de genes marcadores na construção do organismo geneticamente modificado que podem conferir àqueles micróbios resistência a antibióticos; o aumento de resíduos de tóxicos nos alimentos e nas águas de abastecimento, pelo uso em muito maior quantidade dessas substâncias em plantas resistentes às mesmas; além de uma série de graves danos ambientais que indirectamente comprometerão a inocuidade dos alimentos.

Na minha opinião, não concordo com o consumo de alimentos transgénicos enquanto não houver estudos que demonstrem se estes, são ou não benéficos para a saúde e devem ser evitados como medida de precaução. Para tal, têm de ser devidamente rotulados para o cidadão saber quais são alimentos transgénicos e poder exercer a sua escolha.

Enquanto as empresas não garantirem a segurança e a qualidade relativamente a estes alimentos, deve-se evitar a sua compra e o seu consumo.

(texto de opinião de Catarina Lourenço)

Alimentos transgénicos – são alimentos cuja semente foi modificada geneticamente em laboratório, ou seja, a engenharia introduziu nestas sementes organismos de outras espécies, como as bactérias. Estas experiências também são feitas em animais.

Através dessa modificação foi introduzido nas sementes genes resistentes às pragas de insectos e pesticidas, fazendo com isto que haja maior produtividade de alimentos, que os mesmos tenham um valor nutricional mais elevado, maior resistência de tempo ao armazenamento e ate criando espécies com características desejáveis no seu desenvolvimento. Com todos esses aspectos positivos e dado que a população mundial continua a crescer e em muitos países existe fome, estes alimentos transgénicos só irão trazer benefícios pelo mesmos a curto prazo, uma vez que há maior produtividade, significa baixar preços, o que os tornaria acessíveis a toda a população, não esquecendo que uma planta com maior valor nutritivo, saceia mais a fome.

E a longo prazo o que se irá passar?

Será que com tantas modificações nas plantas e até em animais, para que se consiga criar algo que o homem acha perfeito ou quase, a nossa saúde não seja afectada? Com alergias, com intoxicações, com resistência a antibióticos.

E no meio ambiente, será que ao acabar com certas pragas, o mesmo não irá desequilibrar, porque muitos insectos e até mesmo ervas daninhas são benéficas a algumas culturas, e será que com esta eliminação não irá aparecer outros tipos de insectos e erva mais resistentes do que existe actualmente.

Por tudo o que mencionei, e até que se chegue a uma conclusão definitiva sobre os benefícios e malefícios, o melhor será evitar comer este tipo de alimentos, por medida de precaução, tanto a nível de saúde como se não comprarmos não cultivam e com isto podemos proteger mais um pouco do meio ambiente.

OGM (texto de opinião de Maria do Rosário)

Não! Esta é a minha única resposta possível para a pergunta: Concordas com a produção de alimentos transgénicos? Os alimentos transgénicos são, de facto, uma espectacular amostra dos avanços da biotecnologia, mas um péssimo exemplo de uma aplicação.

Pela primeira vez na história do planeta Terra, a evolução natural está a ser substituída pela manipulação genética das espécies. Como diria Karl Popper, A ciência será sempre uma busca e jamais uma descoberta. É uma viagem, nunca uma chegada. A manipulação genética é um ramo da ciência que não se contenta com a busca da verdade dos fenómenos que nos rodeiam, altera essa verdade, implica transformação! O Homem deixou de se debruçar exclusivamente nos fenómenos naturais, passando a participar neles. E isto, é sem dúvida um risco, uma incógnita para a vida na Terra tal como a conhecemos nos dias de hoje.

Os alimentos geneticamente modificados têm de facto grandes vantagens a nível económico, mas podem ter consequências catastróficas. Actualmente, quando se fala em OGM’s (organismos geneticamente modificados) a dúvida subsiste relativamente à saúde pública e ao impacto ambiental.

Quanto à saúde pública, a preocupação deve-se maioritariamente ao facto de os conhecimentos sobre o genoma humano e das espécies consumidas serem ainda muito básicos. Com a biotecnologia o Homem “brinca” como os genes, podendo resultar problemas como o aumento da toxicidade dos alimentos e a criação de bactérias resistentes aos antibióticos utilizados, pondo em risco a espécie humana.

Analisando agora o possível impacto ambiental, é inevitável referir a diminuição da variabilidade genética das espécies, pois as plantas transgénicas, por terem genes que lhes permitem sobreviver em ambientes hostis, podem vir a sobrepor-se às demais espécies e a conduzir a extinção de muitas delas.

Mas existem argumentos a favor da produção de organismos geneticamente modificados, como por exemplo, o fim da fome mundial. De facto, com os alimentos transgénicos, o Homem ganha a capacidade de produzir alimentos em maiores quantidades, alguns deles mais ricos em nutrientes necessários à vida, mas a verdade é que a fome mundial não se deve à incapacidade de produção de alimentos para a elevada população mundial, mas à sua má distribuição. Desta forma, a extinção da fome a nível mundial deixa de ser um argumento a favor dos alimentos geneticamente modificados.

Existe ainda um outro argumento a favor de OGM’s, na minha opinião o mais plausível, que é a produção de bio diesel. Num planeta em que a energia é indispensável e a principal fonte energética escasseia (combustíveis fósseis), a energia renovável é a única solução possível. Actualmente é possível produzir bio diesel a partir de óleo de milho. Ao utilizar milho geneticamente modificado, seria possível produzir bio diesel de uma forma economicamente viável. Mas o impacto ambiental não deixaria de ser um problema, além de que existem outras fontes energéticas renováveis como o hidrogénio, menos agressivas ao ambiente, não sendo necessário recorrer à manipulação genética de espécies.

Opiniões à parte, os alimentos geneticamente modificados são uma realidade na dieta de milhões de pessoas, sendo que acho indispensável a identificação desses alimentos através da rotulagem. Todas as pessoas devem ter o direito de decidir, se querem ou não, adicionar alimentos geneticamente modificados à sua dieta.

Saturday, March 24, 2007

Transgénicos (texto de opinião de Ana Bárbara)

"A ignorância afirma ou nega veementemente, A ciência duvida."

(Voltaire)

A polémica lançada pela utilização de alimentos geneticamente modificados abarca razões de saúde pública, de protecção do meio ambiente e de segurança alimentar, bem como, importantes aspectos económicos. Como tal, é necessário um maior esclarecimento da população baseado em motivos objectivos e claros. Muitas vezes, temos assistido não a um esclarecimento científico, mas antes a um debate ideológico que serve apenas para confundir e empobrecer a discussão, pautando-a de uma maior divergência de convicções. Sendo que o enriquecimento e esclarecimento desta controvérsia, pressupõe debates científicos cuja base seja um trabalho árduo de investigação, culminando num consenso quanto à real contribuição dos alimentos transgénicos para a sociedade e para o meio ambiente.

Como tal, designa-se por alimentos transgénicos, produtos cujo material genético foi alterado em laboratório, visando a adopção de características vantajosas à sua produção. As controvérsias, os argumentos contra e a favor surgem continuamente entre a comunidade científica, bem como entre algumas entidades ambientalistas, tal como, a Greenpeace.

Vários cientistas defendem a necessidade da existência de estudos mais aprofundados até à completa adopção dos alimentos transgénicos na alimentação mundial. Sendo que argumentam a necessidade de averiguar devidamente quais as consequências para a saúde humana da sua utilização, uma vez que desconhecem as suas sequelas. Alguns especialistas consideram que as manipulações efectuadas no material genético dos alimentos podem causar mutações que alteram o normal funcionamento de outros genes do organismo. Assim, ao alterar-se um gene do organismo, sem antes conhecer a função de todos os outros genes, poderá estar sendo alterada mais de uma característica desse organismo. Relativamente à saúde pública, considero que ainda não houve um estudo efectivo quanto às reais mazelas que os alimentos transgénicos poderão causar. Considero que é necessário um maior número de testes que dêem garantia de segurança quanto à ingestão de alimentos transgénicos. Poucos são os exames realizados que medem os efeitos a curto, médio e longo prazo da ingestão destes produtos, causando um enorme risco para a população mundial. Neste momento o que está a acontecer com a venda de produtos transgénicos ao público, é que a população mundial encontra-se a ser cobaia de algo praticamente desconhecido. A população mundial é, no fundo, um experimento em larga escala e em tempo real. Sendo assim, considero inconcebível que ainda nenhuma organização mundial tenha actuado activamente, de modo, a minimizar os riscos que a população mundial corre com a venda de produtos transgénicos.

Há quem argumente que os alimentos transgénicos disponíveis no mercado internacional tenham sido submetidos a avaliações rigorosas nos seus países de origem, sendo que até ao momento ainda não foi detectada qualquer anomalia. Contra este argumento, basta dar o exemplo dos Estados Unidos da América, uma vez que os produtos transgénicos já consumidos não são rotulados, nem sequer existe um sistema de rastreio. Tal, faz com que não haja uma base de dados que reúna informação sobre os indivíduos que ingerem alimentos transgénicos, não sendo possível detectar eventuais problemas de saúde que possam surgir.

Uma das vantagens mais apontadas ao cultivo de produtos transgénicos é o seu baixo custo de produção, pois diminui a necessidade de recorrência a agrotóxicos (herbicidas, pesticidas…). Contudo, o preço da semente deverá vir a ser demasiado dispendioso, relativamente à semente convencional, uma vez que advém de todo o trabalho tecnológico previamente desenvolvido naquela semente.

Sendo assim, muitos são os riscos que pesam nesta avaliação da utilização dos transgénicos na alimentação, tais como: a redução da biodiversidade, os efeitos sobre as cadeias alimentares, as alterações do metabolismo humano e efeitos alergénicos e, ainda, o aumento da resistência a vírus pode levar ao aparecimento de novas variantes do mesmo vírus, podendo a sua acção se tornar mais nefasta, entre outras consequências.

Quanto à minha opinião, foquei-me muito mais nos aspectos negativos dos transgénicos, pois considero que as desvantagens possuem um peso superior na minha tomada de consciência, relativamente a este tema, uma vez que pouco ou mesmo nada sabemos acerca dos seus efeitos sobre o individuo e o ambiente.

A utopia de acabar com a fome no mundo poderia ser um motivo bastante forte para se aceitar os alimentos geneticamente modificados. Contudo, e se estes não só terminarem com a fome, como também ousarem pôr fim à raça humana? Valerá a pena? Talvez esteja a ser demasiado prudente e cautelosa (e, ainda, egoísta), mas não acredito que a população precise de correr este risco, pois as consequências que daí advêm poderão ser deveras catastróficas.

Wednesday, March 21, 2007

Texto de opinião de Cátia Dias

ALIMENTOS TRANSGÉNICOS


A engenharia genética é utilizada para melhorar a qualidade de vida no nosso planeta, mas já à alguns anos que os alimentos transgénicos têm sido alvo de debates e muitas questões acerca dos seus potenciais riscos ou dos seus benefícios e o seu impacto sobre a população do planeta.

Na minha opinião estes alimentos obviamente que trazem riscos e benefícios.

Nas vantagens penso que se podem considerar:

Estes alimentos geneticamente modificados oferecem maior resistência a pragas e a produtos químicos, bem como a alterações climatéricas e até ao aparecimento de fungos, que são muitas vezes os responsáveis pela destruição de uma grande parte das produções alimentares. A nível económico representam uma maior produtividade a menores custos, ou seja, menos custos e mais lucros. Pode também considerar-se o facto de poder aumentar o valor nutricional de um alimento uma vantagem.

Promovem a diminuição do uso de insecticidas, prejudiciais à saúde humana e ao próprio ambiente; Têm um amadurecimento controlado o que permite uma melhor conservação e qualidade; A biofortificação (sementes enriquecidas com vitaminas e minerais) são importantes no âmbito da saúde pública, pois ajudam a controlar doenças que afectam o mundo inteiro. Já para não falar dos problemas de fome que assolam muitos países do planeta e que com a produção de alimentos transgénicos poderá haver um maior controlo desse problema.

Ao contrario da clareza das vantagens que estes produtos demonstram, as desvantagens ou riscos não são tão concretas ainda. Há muitos desacordos mas a grande maioria não são baseadas em factos. A ciência ainda não desvendou todos os mistérios que envolvem a manipulação genética. Os riscos que existem ao misturar genes de espécies diferentes não são totalmente conhecidos. Uma vez alterada a estruturação de um alimento, este pode desencadear diferentes reacções no organismo humano podendo desencadear alergias, ou o desenvolvimento de resistência das bactérias. Os argumentos usados para avaliar alguma desvantagem não são, como já referi, baseados em factos mas sim em percepções ou pequenas duvidas que alguns cientistas (e não só) vão expondo ao longo do tempo. A produção de transgénicos deve ser avaliada criteriosamente, para que sua segurança seja garantida. A ciência e a prática têm mostrado, até o momento, que a produção e o consumo de alimentos transgénicos não acarretam riscos novos em relação aos já existentes nos alimentos produzidos de maneira convencional. Outro problema que estes alimentos podem vir acentuar é a perda do controle sobre o que comemos e pela sensação de artificialidade no alimento. Existe ainda o risco da contaminação genética da biodiversidade, o aumento da competição económica e de poder de mercado mundial.

Hoje em dia, na União Europeia, todos os produtos geneticamente modificados já devem ser devidamente rotulados para uma melhor informação ao consumidor.

Esta área da biotecnologia encontra-se em grande expansão, em muitas zonas é mesmo um crescimento rápido de mais, mas que deveria ser mais controlado devido á falta de informação.

Monday, March 12, 2007

QUADRO DE HONRA

Estes foram os alunos que obtiveram as três melhores notas no teste de avaliação escrita realizado no dia de 7 Março de 2007:

1º - Maria do Rosário

2º - Ana Bárbara

3º - Nádia Isabel

Sunday, March 11, 2007

Carnaval 2007

Observação de fungos do pão








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