Texto de Opinião : Protocolo de Quioto (texto de Ana Raquel Dias)
A partir da Revolução Industrial, o uso de combustíveis fósseis (carvão, petróleo…) aumentou. Ou seja, as actividades humanas foram e são o contributo para o aumento da concentração de gases, contribuindo assim para o efeito de estufa na atmosfera, e, consequentemente, para o aquecimento global.
Para que este grande problema fosse resolvido, ou melhor dizendo, reduzido, foi assinado o Protocolo de Quioto. Este acordo, feito entre vários países do Mundo, tem como objectivo diminuir as concentrações de dióxido de carbono, metano e de monóxido de azoto, pois são os gases que mais contribuem para o problema que hoje em dia já se está a sentir (as alterações climáticas que se têm verificado no planeta, afectando o ambiente e a saúde pública), e que se não for, pelo menos minimizado, pode acarretar impactes ambientais extremamente perigosos para o Planeta. Pode, então, dizer-se que o Protocolo de Quioto é o mais importante instrumento na luta contra as alterações climáticas.
Em termos globais, e tal como ficou acordado no protocolo, a redução de gases deveria de ser cerca de 5%, mas, através de estudos feitos, calcula-se, que é necessária uma redução imediata da ordem dos 60% para evitar as alterações climáticas. Como será isto possível? Se uma redução de 5% já está a ser difícil para alguns países, quanto mais 60%!
O protocolo considera que os países em desenvolvimento contribuem menos para o problema tratado, o que até se entende! Mas porquê fazer a distinção entre uns países e outros? Não concordo nada com isso. Tudo bem que muitos deste países já assinaram o protocolo, mas não tem lógica porque só têm apenas que informar sobre os seus limites de emissão. Para quê isto assim? Não ajuda completamente em nada…Mesmo que a emissão de gases destes países não seja muito grande, podiam sempre reduzi-la! Nesta situação, informar não serve de nada…
É verdade sim, que o Protocolo de Quioto faz mais sentido para os países desenvolvidos, uma vez que a emissão de gases é muito maior. Assim, estes países teriam que reduzir drasticamente as suas emissões. Mas para que isto acontecesse, a economia desses países, como é óbvio, descia! Pois é…e foi mesmo por esta razão que os Estados Unidos da América (o maior emissor de gases de estufa do Planeta) abandonaram o Protocolo. Será que são assim tão egoístas ao ponto de verem que estragam a vida do planeta? Só sabem pensar no dinheiro? No que ganham? Não sei como é que isto é possível…ainda por cima os Estados Unidos que representam mais ou menos um terço das emissões de gases com efeito de estufa. Um país que tem uma emissão dessas e nada contribui para a sua redução? Bush esquece-se que sem Planeta, não há economia…Para que não estragasse a economia do seu país, os EUA apostaram no desenvolvimento de novas tecnologias menos poluentes. Acho que foi uma boa adopção, mas não é a resolução, nem de longe nem de perto, para o problema que está já a atacar o Mundo. Os EUA não assinaram o Protocolo, mas alguns municípios, Estados e donos de indústrias do nordeste do país mencionado já começaram a procurar maneiras para conjugar as duas coisas: reduzir a emissão dos gases tóxicos, mas ao mesmo tempo tentar não diminuir o seu lucro com a atitude tomada. Acho que toda a gente está ciente de que a economia depende muito mesmo do consumo dos combustíveis fósseis!
Mas será que não haverá alguma maneira que consiga conjugar as duas situações? Para ultrapassar este problema é necessário que haja um esforço de consciencialização global sobre a importância do problema e um pouco de bom senso por parte de cada país…
Estou completamente de acordo com o Protocolo de Quioto, pois veio alertar-nos para um grande problema que para muitos de nós passa ao lado. Todos podemos fazer algo para que haja uma redução dos gases emitidos e consequentemente, para a redução do efeito de estufa, começando, por exemplo, por usar menos os transportes (porque não andar a pé?). Fazer uma vigilância sistemática às empresas poluentes e prevenir os incêndios são mais duas regras que podem ser adoptadas para que o nosso planeta possa melhorar. Para além disto, o uso de energias renováveis e o desenvolvimento de tecnologias menos poluentes também eram excelentes medidas a adoptar!
Não fique parado…o futuro depende de cada um de nós!
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