Texto de opinião: Protocolo de Quito (texto de Ana Martins)
O Protocolo de Quioto é consequência de uma série de eventos iniciada com a Toronto Conference on the Changing Atmosphere, no Canadá que culminou com a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança Climática (UNFCCC)
O Protocolo de Quioto, é um tratado ambiental que tem como objectivo estabilizar a emissão de gases de efeito estufa para a atmosfera, e assim reduzir o aquecimento global e possíveis impactos. É considerado o tratado sobre o meio ambiente de maior importância lançado até hoje.
Consiste num acordo internacional que determina aos países industrializados os limites nas emissões de gás que provocam o efeito de estufa na atmosfera. Este tipo de gases são pelo menos parcialmente responsáveis pelo aquecimento global, ou seja, pelo aumento global da temperatura que poderá ter consequências catastróficas para a vida na Terra. Se tiver sucesso estima-se que reduza a temperatura global entre 1,4ºc a 5,8ºc até 2100.
O protocolo estimula os países signatários a cooperarem entre si, através de algumas acções básicas, tais como: reformar os sectores de energia e transportes; promover o uso de fontes energéticas renováveis; eliminar mecanismos financeiros e de mercado inapropriados aos fins da Convenção; limitar as emissões de metano nos geradores de resíduos e dos sistemas energéticos; proteger florestas e outros sumidouros de carbono.
Ao assinar o Protocolo de Quioto, a Europa assumiu o compromisso de reduzir as suas emissões de Gases com Efeito de Estufa em 8% relativamente a 1990, durante o período de 2008 e 2012. Mas a redução vai mesmo chegar aos 9,3%. Portugal acordou em reduzir as emissões de GEE em 27% nesse período.
Os Estados Unidos da América negaram-se a assinar o Protocolo de Quioto, de acordo com a alegação do presidente George W. Bush, os compromissos acarretados pelo mesmo interfeririam negativamente na economia norte-americana. A Casa Branca também questiona o consenso científico de que os poluentes emitidos pelo Homem causem a elevação da temperatura da Terra. Mesmo o governo dos Estados Unidos não assinando o Protocolo de Quioto, alguns municípios, Estados (Califórnia) e donos de indústrias do nordeste dos Estados Unidos já começaram a pesquisar maneiras para reduzir a emissão de gases tóxicos tentando, não diminuir sua margem de lucro.
Os Estados Unidos da América são considerados uma das maiores economias mundiais e em simultâneo, um dos maiores emissores de gases poluentes para a atmosfera e como tal, um dos principais responsáveis pela degradação do meio ambiente. Será que os interesses económicos são mais importantes que a vida humana? Que o meio ambiente? Que a qualidade de vida? Será que é mais importante os interesses económicos e políticos de alguns, à qualidade de vida de toda a população mundial? É catastrófico que os interesses económicos e políticos prevaleçam em detrimento dos interesses da vida de um planeta.
Na minha opinião, o Protocolo de Quioto é uma forma racional de tentar reduzir os terríveis prejuízos causados pelos gases nocivos lançados na atmosfera. É responsabilidade de todos e por isso acredito que todos países deveriam aderir e tentar alcançar as metas do projecto. S e cada país conseguir reduzir ao menos um pouco já seria importante para todo o mundo.
Cada pessoa tem que assumir um compromisso individual. Se cada um fizer a sua parte já estamos a dar um passo bastante importante para melhorar a vida no planeta. A capacidade cabe nos a todos, não aquele ou ao outro mas a todos, ainda estamos a tempo de diminuir o mal que andamos a fazer ao planeta e a nós. Um pequeno gesto hoje pode preservar e melhorar o dia de amanhã.
"Nunca deixe de fazer por achar que faz pouco." Esta simples frase diz tudo, devemos começar a mudar nossas atitudes e assim incentivar quem está à nossa volta, pois o tempo é inexorável, e dia a dia estamos "perdendo" o ar que precisamos para respirar...
Todos somos responsáveis pela natureza, dependemos dela para sobreviver e não o contrário. Quando irá o homem perceber isso? Nem todo dinheiro do planeta vai ser suficiente se a natureza morrer? ELA MORRENDO, MORREREMOS JUNTOS.
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