Texto de Opinião: Protocolo de Quioto (texto de Luis Silva)
Acordo que visa diminuir substancialmente as concentrações dos principais gases que contribuem para o efeito de estufa tais como o dióxido de carbono. O principal objectivo deste acordo é incrementar a diminuição da emissão de gases que irão agravar o efeito de estufa.
Este efeito de estufa começou a milhões de anos quando uma atmosfera primordial evoluiu para uma atmosfera parecida com a que actualmente experimentamos. Gases tais como, dióxido de carbono, vapor de água, azoto, etc., libertados pela actividade vulcânica que se fazia sentir intensamente nessa altura contribuíram para um aumento da espessura da camada gasosa a grandes alturas que funciona como um regulador da temperatura.
Durante o dia, parte da energia solar é captada pela superfície da Terra e absorvida, outra parte é irradiada para a atmosfera. Os gases naturais que existem na atmosfera funcionam como uma capa protectora que impede a dispersão total desse calor para o espaço exterior, evitando que durante o período nocturno se perca calor. E como tal, o planeta permanece quente.
Se este efeito, que em quantidades normais nós é vital, for modificado e aumentado, assistimos a um aumento gradual da temperatura do globo o que leva a consequências climáticas preocupantes.
Incêndios florestais, tempestades novas a aparecer, como o caso da tempestade “El Niño”, degelo dos pólos e consequente inversão das correntes marítimas que podem conduzir-nos a outra era glaciar, cheias, secas …
Este protocolo visa mudar radicalmente as condições em que as sociedades mundiais vivem, tanto a nível social como económico.
Uma das medidas presentes no protocolo e a utilização de fontes de energias renováveis em prol do afastamento dos combustíveis fósseis responsáveis pela maior parte da emissão de dióxido de carbono para a atmosfera.
Os Estados Unidos, que representam cerca de um terço das emissões mundiais de gases com efeito de estufa negaram-se a ratificar o Protocolo de Quioto, de acordo com a alegação do presidente George W. Bush de que os compromissos acarretados pelo mesmo interfeririam negativamente na economia norte-americana.
Mesmo o governo dos Estados Unidos não assinando o Protocolo de Quioto, alguns municípios, Estados (Califórnia) e donos de indústrias do nordeste dos Estados Unidos já começaram a pesquisar maneiras para reduzir a emissão de gases tóxicos, tentando, por sua vez, não diminuir sua margem de lucro com essa atitude.
Na minha opinião um país como os EUA deveria apostar grandemente nas fontes de energia renováveis mas de forma gradual para ir diminuindo a dependência do petróleo pela economia, fazer pesquisas para rentabilizar as fontes de energia limpa tais como a energia nuclear de fusão pois esta seria uma das melhores e mais rentáveis descobertas do século XXI.
Quanto a Portugal, estaremos nós a conseguir alcançar os objectivos estipulados, até 2010?
Portugal está de longe atrás da corrida para a diminuição da emissão de gases, de facto Portugal e Espanha estão a aumentar as suas emissões contrariando as suas metas.
Como a situação geográfica e económico-social dos diversos Estados Membros é variada, foi celebrado um acordo de objectivo comum e partilha de responsabilidades entre os diferentes Estados. Desta forma, o esforço que é pedido a Portugal não é o mesmo que é pedido à Alemanha ou ao Reino Unido.
Em 2003, por exemplo, as emissões nacionais excederam em cerca de 9% o valor acordado no Protocolo de Quioto. Torna-se portanto fundamental que haja um esforço, à escala nacional, para reduzir as emissões de GEE, a fim de cumprir a meta dos 27%.
Portugal falha meta de Quioto nos transportes!
Eduarda Ferreira Textos
O s transportes são o sector que mais tem contribuído para o aumento das emissões de gases com efeito de estufa por parte de Portugal, tendo subido 105% face aos valores de referência de 1990. No conjunto de actividades, o nosso país irá exceder em 12% as emissões que seriam admissíveis em 2010 pelo Protocolo de Quioto, o que equivale a mais de sete milhões de toneladas (megatoneladas (. Segundo a actualização dos cenários previstos no Plano Nacional para as Alterações Climáticas, algumas medidas adicionais poderão fazer abrandar a tendência para aquela ultrapassagem que, mesmo assim, se cifraria em 9%.
Tomando por base dados de 2004 foi feita a Avaliação do Estado de Cumprimento do Protocolo de Quioto, cujo relatório foi ontem divulgado pelo secretário de Estado do Ambiente. Baixa eficiência energética do país é uma das conclusões. Numa década, entre 1990 e 2000 o Produto Interno Bruto cresceu 50% e os gastos em energia primária aumentaram 70%. Até 2010, o consumo de electricidade terá um crescimento acentuado, de acordo com as projecções dos técnicos. Os sectores residenciais e terciário (escritórios, comércio) têm contribuído muito para este aumento de consumo, que agravou em 86% as emissões
(in, Jornal de Noticias, excerto)
Neste momento é responsabilidade de cada um de nós ajudarmos o nosso país a diminuir a emissão de GEE, pois se não forem cumpridos os objectivos propostos até 2010, a EU já confirmou que poderá penalizar Portugal com multas. Se adoptarmos a politica dos Três R’s, Reduzir, Reutilizar, Reciclar, deslocarmo-nos em transportes públicos ao invés de usarmos transportes privados, conferirmos os gastos energéticos dos electrodomésticos durante a compra e escolhermos os que mais poupam, gastarmos mais algum dinheiro na construção de uma casa e aumentarmos a sua capacidade de regular a sua temperatura para pouparmos energia em caloríficos de Invernos e ar-condicionado no verão, estaríamos a ajudar Portugal e o meio ambiente em que todos vivemos.
Se não lutarmos para mantermos o nosso planeta como ele é sofreremos as consequências a médio e a longo prazo, as paisagens iram mudar, iremos sofrer grandes catástrofes naturais e numa situação extrema podemos assistir a mudanças climatéricas extremas, tais como uma era glaciar causada pelo derretimento dos pólos e consequente inversão das correntes marítimas.
“Não é a poluição que ameaça o ambiente, são as impurezas do ar e da água. “
(by: George W. Bush)
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