A Bioética nos correntes dias (texto de opinião de Nádia Perdigão)
Ao longo dos tempos a Biologia e a Tecnologia têm evoluído substancialmente.
Esta drástica evolução biotecnológica tem levantado alguns problemas éticos.
Um dos temas que mais problemas tem levantado é a manipulação da
fertilidade.
No domínio da manipulação da fertilidade é possível diferenciar duas
temáticas: os métodos contraceptivos e a reprodução assistida.
Começando o texto de opinião pelos métodos contraceptivos, passo a falar
sobre o preservativo. É de conhecimento público que o uso do preservativo
não deve ser nunca ignorado, uma vez que para além de gravidezes
indesejadas, previne o contágio de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST).
Contudo, vive-se uma dualidade em alguns países, como por exemplo Portugal.
Portugal é um país em que a igreja maioritária é a Igreja Católica, mas
também um país em que a maioria das pessoas tem a consciência de que o uso
do preservativo é essencial. No entanto, e apesar de ser o único meio de
prevenir as DST, o uso de preservativo continua a ser condenado pela Igreja
Católica. Na minha opinião, e apesar de ser católica praticante, a Igreja
Católica não tem o direito de proibir/condenar o uso do preservativo. Penso
que o seu uso devia ser ainda mais divulgado em países onde, por exemplo, a
taxa de seropositivos é elevadíssima. Neste momento, o preservativo é o
único meio de parar o contágio da Sida.
Outro método contraceptivo que tem levantado alguns problemas é o DIU
(Dispositivo Intra Uterino). O DIU é um dispositivo que é introduzido no
útero da mulher que impede a união de gâmetas (espermatozóides e oócitos II)
e assim impedir a fecundação, ou, casa tenha havido fecundação impedir que o
embrião se nide (“agarre”) ao útero materno. Assim, por vezes, o DIU pode
ser também chamado de método abortivo, e é neste ponto que têm surgido as
diferentes opiniões. No meu ponto de vista, não se pode condenar o uso do
DIU, uma vez que quando se dá a nidação do embrião, este tem apenas 5 dias,
logo ainda não tem sensibilidade, é apenas um conjunto de células
totipotentes, de modo que este “aborto” não pode ser condenado.
Passando a outra temática da manipulação da fertilidade, passo a falar de
reprodução assistida.
Nos dias que correm dois novos conceitos surgiram: “Barriga de Aluguer” e
“Banco de Esperma”. Apesar de ser jovem de ter a mente aberta, estes dois
conceitos ainda não se encaixaram muito bem na minha maneira de ver o Mundo.
O caso da “Barriga de Aluguer” já é um pouco vulgar nos dias de correm, uma
vez que, infelizmente, existem casais com problemas de infertilidade. Mas,
no meu entender, não está correcto, pedir a outra mulher, que muitas vezes
não terá laços familiares com este casal, que carregue durante nove meses um
filho que não é dela! Durante os nove meses que passa dentro da barriga da
mãe, o feto cria uma ligação com ela inexplicável que dura para toda a vida.
Se um casal infértil pedir a outra mulher que “carregue” o seu filho, este
nunca irá estabelecer esta relação com a mãe. O outro conceito, com o qual
eu também não concordo, é o “Banco de Esperma”. Imaginemos, que uma mulher
quer ter um filho. Dirige-se a um Banco de Esperma, escolhe o pai da criança
e pronto! Já está! Rápido e fácil! Nove meses depois cá está o filho
desejado. Mas olhemos para o futuro. Anos mais tarde este filho irá querer
saber quem é o pai. Como irá ele reagir quando souber que não é filho de
nenhum relacionamento antigo da mãe? Que irá ele fazer quando souber que é
filho do nº 345 do Banco de Esperma do Porto? Poderão me chamar retrógrada,
mas não consigo aceitar estas inovações.
Com tudo isto, concluo que todas as evoluções na Biologia e na Tecnologia
são bem-vindas, mas, há limites que não podem ser ultrapassados.
Esta drástica evolução biotecnológica tem levantado alguns problemas éticos.
Um dos temas que mais problemas tem levantado é a manipulação da
fertilidade.
No domínio da manipulação da fertilidade é possível diferenciar duas
temáticas: os métodos contraceptivos e a reprodução assistida.
Começando o texto de opinião pelos métodos contraceptivos, passo a falar
sobre o preservativo. É de conhecimento público que o uso do preservativo
não deve ser nunca ignorado, uma vez que para além de gravidezes
indesejadas, previne o contágio de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST).
Contudo, vive-se uma dualidade em alguns países, como por exemplo Portugal.
Portugal é um país em que a igreja maioritária é a Igreja Católica, mas
também um país em que a maioria das pessoas tem a consciência de que o uso
do preservativo é essencial. No entanto, e apesar de ser o único meio de
prevenir as DST, o uso de preservativo continua a ser condenado pela Igreja
Católica. Na minha opinião, e apesar de ser católica praticante, a Igreja
Católica não tem o direito de proibir/condenar o uso do preservativo. Penso
que o seu uso devia ser ainda mais divulgado em países onde, por exemplo, a
taxa de seropositivos é elevadíssima. Neste momento, o preservativo é o
único meio de parar o contágio da Sida.
Outro método contraceptivo que tem levantado alguns problemas é o DIU
(Dispositivo Intra Uterino). O DIU é um dispositivo que é introduzido no
útero da mulher que impede a união de gâmetas (espermatozóides e oócitos II)
e assim impedir a fecundação, ou, casa tenha havido fecundação impedir que o
embrião se nide (“agarre”) ao útero materno. Assim, por vezes, o DIU pode
ser também chamado de método abortivo, e é neste ponto que têm surgido as
diferentes opiniões. No meu ponto de vista, não se pode condenar o uso do
DIU, uma vez que quando se dá a nidação do embrião, este tem apenas 5 dias,
logo ainda não tem sensibilidade, é apenas um conjunto de células
totipotentes, de modo que este “aborto” não pode ser condenado.
Passando a outra temática da manipulação da fertilidade, passo a falar de
reprodução assistida.
Nos dias que correm dois novos conceitos surgiram: “Barriga de Aluguer” e
“Banco de Esperma”. Apesar de ser jovem de ter a mente aberta, estes dois
conceitos ainda não se encaixaram muito bem na minha maneira de ver o Mundo.
O caso da “Barriga de Aluguer” já é um pouco vulgar nos dias de correm, uma
vez que, infelizmente, existem casais com problemas de infertilidade. Mas,
no meu entender, não está correcto, pedir a outra mulher, que muitas vezes
não terá laços familiares com este casal, que carregue durante nove meses um
filho que não é dela! Durante os nove meses que passa dentro da barriga da
mãe, o feto cria uma ligação com ela inexplicável que dura para toda a vida.
Se um casal infértil pedir a outra mulher que “carregue” o seu filho, este
nunca irá estabelecer esta relação com a mãe. O outro conceito, com o qual
eu também não concordo, é o “Banco de Esperma”. Imaginemos, que uma mulher
quer ter um filho. Dirige-se a um Banco de Esperma, escolhe o pai da criança
e pronto! Já está! Rápido e fácil! Nove meses depois cá está o filho
desejado. Mas olhemos para o futuro. Anos mais tarde este filho irá querer
saber quem é o pai. Como irá ele reagir quando souber que não é filho de
nenhum relacionamento antigo da mãe? Que irá ele fazer quando souber que é
filho do nº 345 do Banco de Esperma do Porto? Poderão me chamar retrógrada,
mas não consigo aceitar estas inovações.
Com tudo isto, concluo que todas as evoluções na Biologia e na Tecnologia
são bem-vindas, mas, há limites que não podem ser ultrapassados.